sábado, 27 de março de 2010

A ORIGEM DA DANÇA 

"Quando eu nasci / eu já dançava", escreveu Mario de Andrade num de seus poemas. E o mesmo verso poderia valer para toda a espécie humana: o homem vem dançando desde que apareceu e se organizou socialmente, há mais de 10 mil anos; a dança é a arte mais antiga que se conhece. Dela surgiram as representações teatrais, as formas de entretenimento coletivo. Mas o homem não começou a dançar e não cultivou a dança apenas para divertir-se. Ao contrário, a dança era uma atividade muito séria, uma cerimônia grupal de sentido mágico-religioso, um rito que permitia entender-se com as forças sobrenaturais, ou uma espécie de ensaio geral simbólico para a guerra. E não se tem notícia de povo algum, por mais primitivo que fosse, que não soubesse dançar. Mas a vida muda e a dança também: passou o tempo em que se dançava para homenagear os espíritos; veio o tempo de dançar para exprimir alegria, novos rítmos apareceram à medida que se criavam novos instrumentos musicais; a dança por fim tornou-se puro divertimento, uma agradável maneira de conviver com o próximo. Em Tóquio, Nova York, Paris e Rio de Janeiro dança-se conforme a mesma música - geralmente de inspiração norte-americana, do fox aos blues, do charleston ao rock, ao twist e a todas as modalidades surgidas com o iê-iê-iê. Mas também se dança o tango, o bolero, a rumba, o mambo, o cha-cha-cha - criações latino-americanas. E o nosso samba, bossa-velha ou bossa-nova, não fica de fora nesse baile internacional, da "baiana" Carmen Miranda à "Garota de Ipanema". O que se conclui é que a dança nunca desaparece: muda de nome, sofre acréscimos, assume novos sentidos culturais e continua viva. As danças evocativas isoladas deram lugar às danças de participação geral, de colaboração instintiva. Não se dança antes de ir para a guerra, mas se dança na boa paz da alegria. As pares ou individualmente, a dança traduz sempre um forte sentido de integração das pessoas num grupo: o ritmo que experimentam é o mesmo, mesma é a sensação que vivem.
Origem e descendência dos Ritmos
BOLERO - Origem africana - descendência Cubana.
MERENGUE - Origem e descendência Caribenha.
MAMBO - Origem Africana - descendência Cubana.
RUMBA - Origem indígena - descendência Porto-Riquenha com desenvolvimento em Cuba.
SALSA - Origem e descendência Caribenha.
AXÉ-MUSIC - Origem na capoeira - descendência Baiana.
SAMBA - Origem indígena, influência Afro-Indígena - descendência Brasileira.
PAGODE - Origem no samba - descendência Brasileira com desenvolvimento em São Paulo.
SAMBA-GAFIEIRA - Origem no samba - descendência Brasileira com desenvolvimento no Rio de Janeiro.
FOX-TROT - Origem no Swing - descendência Americana.
ROCK'IN ROLL - Origem no Twist - descendência e desenvolvimento Americano.
SWING - Origem e descendência Americana.
HUSTLE - Origem no swing com influência da discoteca.
PASO-DOBLE - Origem Flamenca com desenvolvimento e descendência Espanhola.
FORRÓ - Origem nordestina - descendência do xote e baião.
LAMBADA - Origem Zook com desenvolvimento no Brasil.
ZOOK - Origem Francesa com desenvolvimento na Europa e no Brasil.
COUNTRY - Origem e desenvolvimento nos EUA - descendência folclórica.
TANGO - Origem Espanhola com descendência e desenvolvimento Argentino.
CHA-CHA-CHA - Origem Latina - descendência Cubana.
VALSA - Origem Européia com descendência Vienense e desenvolvimento no mundo inteiro, influência no reinado de Luis XV.
XOTE - Origem indígena com descendência e desenvolvimento nordestino.
VANERÃO - Origem Alemã com desenvolvimento no Rio Grande do Sul.
CHORINHO - Origem de rítmos musicais populares no Brasil até ser desenvolvido para a dança.
MILONGA - Origem no Tango com desenvolvimento Argentino.
OS BENEFÍCIOS DE DANÇAR


1. Ser sempre Jovem: Dançar é tremendamente benéfico para nos mantermos jovens pois retarda o processo de envelhecimento. É benéfico para o coração, sistema cardiovascular e aumenta a capacidade pulmonar. Facto: As taxas de respiração e de esforço muscular de um dançarino em competição são equivalentes às dos ciclistas, dos nadadores e de um corredor de 800 metros.

2. Ossos fortes, articulações lubrificadas: Dançar ajuda na prevenção e no tratamento da osteoporose, que é um dos principais problemas das mulheres, especialmente durante o período pós-menopausa. A dança também mantém as articulações lubrificadas, o que ajuda a prevenir a artrite.

3. Queima Calorias: A dança exercita os nossos corpos permitindo um aumento da circulação. Ajuda-nos a queimar as calorias em excesso e a melhorar a nossa energia. Estima-se que a dança queima entre 5 e 10 calorias por o minuto dependendo da velocidade e a intensidade. Por exemplo, o swing e o mambo queimam mais calorias do que uma valsa inglesa. Verifique quantas calorias consome aproximadamente cada estilo.

Disco, Latinas, Mambo e Salsa:
 
DANÇARINO COM 43Kg - 264 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 56Kg - 330 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 68Kg - 396 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 79Kg - 462 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 90Kg - 528 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)

Rápido, Balett e Twist
 
DANÇARINO COM 43Kg - 288 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 56Kg - 360 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 68Kg - 432 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 79Kg - 504 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 90Kg - 576 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)

Lento, valsa e Foxtrot
 
DANÇARINO COM 43Kg - 144 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 56Kg - 180 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 68Kg - 216 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 79Kg - 252 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)
DANÇARINO COM 90Kg - 288 Calorias consumidas por minuto (aproximadamente)

4. Sangue Melhor: Um estudo recente descobriu que é necessário medir os níveis de colesterol “mau” e “bom”para determinar a nossa saúde. Dançar ajuda a controlar os lipídos, o que eleva os valores de HDL (colesterol bom), e baixa o LDL (colesterol mau). Dançar também é bom para os diabetes porque ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue.

5. Mestria mental: A dança melhora a nossa memória porque nos obriga a memorizar passos e coreografias, o que constitui um bom exercício mental para os nossos cérebros. O grande benefício é que exercícios mentais crescentes mantêm a mente jovem, activa, alerta e aberta.

6. Está tudo no equilíbrio: Equilibrar-se numa posição pode ser fácil, mas equilibrar-se nas muitas posições envolvidas em dançar é muito mais difícil. O dançarino domina a capacidade de equilibrar-se em muitas posições. Isto fortalece os músculos, protege o nosso “núcleo” e torna-nos menos susceptíveis a acidentes nas nossas vidas diárias. Dançar também ajuda na coordenação e fortalecimento dos reflexos. É uma excelente forma de manter o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico em forma melhorando a conexão do corpo e da mente.

7. Socialização: Dançar divertido, ajuda-nos a criar uma vida social, dando-nos a oportunidade de fazer amigos novos. Os amigos ajudam-nos crescer, fazem-nos rir e ajudam-nos enquanto aprendemos.

8. Diversidade cultural: Dançar não tem nenhuma barreira cultural. Os povos de todas as partes do mundo, com ideologias diferentes, encontram-se com na pista de dança. A interacção cultural melhora a nossa saúde expandindo a nossa!

9. “Arranjado” na perfeição: Dançar não é só divertido e romântico, mas ajuda promover a boa aparência porque todos querem estar no seu melhor quando dançam. A boa aparência mantém-nos saudáveis ao influenciar a higiene.

10. Ser feliz: A dança eleva a nossa disposição ao aumentar os níveis de endorfinas, o que nos permite combater o stress e a depressão – dois dos maiores inimigos do nosso sistema imunitário! Ajuda-nos a elevar a nossa autoconfiança e autodisciplina. Melhora a harmonia entre mente e corpo, dando-nos um sentimento de bem-estar.